30 de jun. de 2005

Todo dia ela faz tudo sempre igual


Ando cheia de tédio.
A rotina sempre me derruma, me dá um soco e vence sempre.
Acho um saco tudo sempre igual.
Meu espírito é inquieto, pareço uma pulga louca, quero tudo sempre e sempre.

Fico lembrando do meu primeiro emprego, quando eu era digitadora de uma repartição pública. É lógico que para desgosto da minha mãe, pedi demissão.
Carimbar e digitar todo dia aqueles processos me deixava com vontade de jogar tudo do oitavo andar. Um montão de papéis parados esperando um fim da nossa lei lerda. Devem estar lá até hoje. Eu não nasci para isso.

Quando eu terminei o colegial, quebrei o pau em casa porque ninguém concordava que eu estudasse comunicação social e ainda mais um curso com o nome de rádio e tv. Fiz uma porrada de estágios, trabalhei em vários lugares e mesmo que eu não tenha nada fixo, não me arrependo de nada.
Acho extremamente válido ter passado por várias mídias e assim vou levando.

Não é fácil não rapá!

Brincar de ser gente grande dá dor de cabeça, rugas, dor de estômago e insônia.
Mas como diziam os Rolling Stones: I like it!
Sou instável, mudo de idéia sempre, quero tudo para ontem.
Sou ansiosa e não me contenho dentro de mim.
Mas acho isso bom.

Quando eu era criança minha mãe ficava louuuuca comigo. Eu não parava um minuto, vivia pulando, brincando e as vezes me ferrando. Mas lembro-me até hoje quando cheguei e disse a ela no dia da minha formatura do pré (faz teeeempo) a seguinte frase:

- Mãe, se eu fosse boazinha, ficasse quieta como as meninas da classe, a senhora gostaria mais de mim?

E ela respondeu:
- Se você mudar, não será mais você, e eu gosto da Andrea assim! Sendo cada dia de um jeito, aprontando uma a cada dia.

Não é que dona Bernadete adivinhou!

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